Idas & Vindas

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Nunca olhe pra trás

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os erros e acertos de Dunga.


Após o malogro da seleção brasileira na Copa da Alemanha em 2006, que era tida como uma seleção de peso para ganhar a competição (De fato, só o ataque com Ronaldo e Adriano pesava mais de 200 kilos), levou ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a tomar medidas drásticas: Contratar um técnico que não repetisse o mesmo erro de Parreira, ou seja, não deixar que a seleção pensasse mais em samba do que propriamente em jogar bola. Pensado nisso, Ricardo chamou Dunga para o comando do Brasil.

Dunga, logo que chegou, fez uma retórica defendendo a raça, o patriotismo, a determinação (até parece discurso da época da ditadura), o futebol de resultado. Tudo isso acabou privando o Brasil da criatividade que o torcedor sempre espera da seleção.
Carlos Caetano Bledorn Verri, conhecido mundialmente como Dunga, levou essa mentalidade até o dia da convocação para a copa do mundo, deixando de fora grandes jogadores da lista, como: Ronaldinho, Ganso, Neymar, Pato. E assim, privando-nos mais uma vez de um futebol solto e descontraído.

A favor do Dunga fica o fato dele nunca ter mudado o seu discurso, e mantido a coerência em suas convocações. Se o Brasil está procurando consertar os erros de 2006, acho que ele está no caminho certo, pois Dunga resgatou o amor que o torcedor sente pela seleção e a vontade dos jogadores de estarem nela. Além do mais, os números do eterno capitão da seleção, são inquestionáveis: foram 43 jogos, 29 vitorias, 10 empates e 4 derrotas, sem contar que ele logrou diante dos principais desafios da seleção, por exemplo: a conquista da Copa América e da Copa das Confederações, e, ainda, as vitórias nos clássicos e jogos importantes (Contra a Argentina perdi a conta, Itália duas vezes, Inglaterra e Portugal). Porém, essas estatisticas não me chamam atenção. Por que atrás desses números estão um futebol feio e pragmático, o que me dá um pouco de receio na hora de enfrentar um adversário como a Espanha na copa.

Mas o que me deixa mais pesaroso e o banco de reservas. Se Dunga precisar mudar a história de um jogo, dificilmente irá conseguir tendo um banco de reservas com jogadores que nem mesmo são titulares nos seus clubes.

Tendo esses pontos em vista, só podemos torcer para que alguns jogadores suplentes do Brasil se machuquem e, no lugar deles, entrem: Ganso e Ronaldinho, que ficaram de stand-by na lista dos jogadores sobressalentes. Se isso acontecer, e se o Dunga vir fazendo o que ele está fazendo até agora, certamente poderemos cantar: “ A copa do mundo é nossa... Com o brasileiro... Não há que possa”.

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